No último dia 21 de janeiro, completou-se 150 anos do nascimento do padre-cientista brasileiro Roberto Landell de Moura. Provavelmente v...
No último dia 21 de janeiro, completou-se 150 anos do nascimento do padre-cientista brasileiro Roberto Landell de Moura. Provavelmente você não o conheça, e isso não é culpa sua, já que Landell de Moura nunca gozou do reconhecimento público nem governamental no Brasil. Muito pelo contrário. Ele deu azar de nascer num paÃs contaminado pelo atraso e pela superstição religiosa, e pagou caro por isso. Ele é o inventor do rádio, mas assim como Santos Dumont, que tem sua glória usurpada pela farsa dos irmãos Wright, a invenção de Landell é atribuÃda ao italiano Guglielmo Marconi. Vamos conhecer um pouco dessa história.
Roberto Landell de Moura nasceu em Porto Alegre-RS em 21 de janeiro de 1861. Depois de estudar no Rio de Janeiro, foi para Roma, onde em 1886 foi ordenado padre. De volta ao Brasil, ele realiza em 1893 suas primeiras experiências de telegrafia e telefonia sem fio, dois anos antes de Marconi, enviando sinais de rádio a oito quilômetros de distância, do alto da Av. Paulista para o alto de Sant’Ana, em São Paulo, na presença de várias testemunhas – dentre elas o cônsul Britânico em São Paulo, Sr. C. P. Lupton, além de autoridades brasileiras. Em virtude de tal feito, Landell recebeu uma patente brasileira do seu invento. Em seguida, viaja aos Estados Unidos, para registrar internacionalmente a invenção do rádio.
Patentes: Telefone sem fio; Telégrafo sem fio e Transmissor de ondas (clique nos links para ver em tamanho maior)
Infelizmente, no Brasil, suas invenções não foram bem recebidas pela população, por seus superiores eclesiásticos, nem por autoridades. Esse ranço do atraso e da superstição religiosa sempre nos acompanha, como um peso do qual não conseguimos nos livrar. Em Campinas, teve o seu laboratório e instrumentos completamente destruÃdos por uma população que o acusava de “herege”, “feiticeiro” e de “falar com demônios”. Além disso, em 1905, depois de passar alguns anos nos EUA, ele enviou uma carta ao presidente Rodrigues Alves solicitando dois navios de guerra, para poder demonstrar suas experiências revolucionárias. A resposta? O assistente presidencial negou o pedido, chamando-o de “maluco”. Sem apoio nem financiamento para suas pesquisas, Landell morreu em 1928, quase no completo anonimato.
Em 1984, uma réplica do rádio-transmissor de Landell foi montado e testado, com base na sua patente estadunidense, tendo sua funcionalidade comprovada. O Brasil deveria incentivar a divulgação dos seus inventores nas escolas, render-lhes justas homenagens e reconhecimento público. É o mÃnimo que se pode pedir para aqueles brasileiros com engenhosidade e intelecto apurados, que desenvolveram aparelhos que até hoje servem à humanidade. Se você também pensa assim, participe do abaixo-assinado promovido pelo Movimento Landell de Moura (MLM) clicando aqui.
fontes:
http://www.mlm.landelldemoura.qsl.br/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Landell_de_moura#Incompreens.C3.A3o_e_descaso_do_Brasil
http://www.radioantigo.com.br/landell.htm
http://www.srhistoria.blogspot.com/
http://rlandell.tripod.com/incomp.htm