Construções humanas erodidas pelo tempo, ou formações naturais? Paraúna é uma pequena cidade localizada no sudoeste de Goiás com quase 8...
Construções humanas erodidas pelo tempo, ou formações naturais? Paraúna é uma pequena cidade localizada no sudoeste de Goiás com quase 8 mil habitantes e a 150 quilômetros de Goiânia, cercada de lendas e misticismos semelhantes às da Serra do Roncador, no Mato Grosso, conforme vimos aqui.
Na região foram encontradas controversas ruínas que geram especulações sobre uma possível civilização pré-colonial no Brasil talvez ligada aos incas ou a uma civilização desconhecida, embora os vestígios arqueológicos pouco tenham sido estudados até agora. Segundo o pesquisador Gilberto Schoereder, o Centro Nacional de Pesquisas e Cultura (CNPC) esteve na cidade em 1960, mas sem maiores explicações, foi pressionado pelo governo brasileiro a suspender as pesquisas durante o regime militar no começo dos anos 70.
Do que foi visto, a impressão é de que as ruínas podem ser restos de uma cidade antiga que existiu há milhares de anos no país, contrariando a linha oficial da arqueologia que diz que no Brasil não houveram civilizações avançadas antes dos portugueses. “Monumentos” como esfinges desgastadas pela ação do tempo parecem zelar pelo lugar:
As muralhas da cidade alcançam cerca de 2 quilômetros de extensão, e foram encontrados resquícios de óleo de baleia na argamassa utilizada, uma técnica de construção desconhecida pelos indígenas. Hoje ela está coberta em grande parte pela vegetação, dificultando a sua identificação imediata.
A tendência dos pesquisadores oficiais é atribuir as ruínas a erosões naturais do solo, mas basta uma olhada nos blocos de basalto da muralha e na ponte de pedra para perceber nitidamente que são construções feitas pela mão do homem.
Na região também é possível se maravilhar com os mistérios da Serra da Portaria, um contraforte montanhoso com 120 metros de altura. Segundo o pesquisador Alódio Tovar, que residiu na região e foi capaz de explorá-la, lá existe um túnel aberto, bem no alto, que desce até uma grande galeria escavada no interior da grande serra. O que chama a atenção também é a superfície do seu topo, bastante retilínea para um monumento natural.
Grandes enigmas ainda esperam para ser desvendados nesta região central do Brasil, mais uma das cidades ligadas a um passado desconhecido dos primeiros habitantes dessa nossa terra.
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Fontes: SCHOEREDER, Gilberto. Dicionário do Mundo Misterioso. Ed. Nova Era: Rio de Janeiro, 2002. p. 206; pp. 295-296
http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/1/fonseca_arqueologia2.htm