Você gosta de resolver enigmas de lógica? Se sim, então essa postagem, adaptada da versão publicada originalmente por Martin Cohen no seu li...
Você gosta de resolver enigmas de lógica? Se sim, então essa postagem, adaptada da versão publicada originalmente por Martin Cohen no seu livro 101 Problemas de Filosofia, vai testar os limites do seu raciocínio.
O exame inesperado
Um belo dia, um professor comunica a uma turma especial de Lógica que vai haver uma prova sobre a matéria toda do período. Os alunos não gostam nada disso, é claro, mas perguntam que dia será.
O professor sorri, arrogante: “Deixem comigo. Vou fazer isso num momento qualquer entre hoje e o fim do período. Mas garanto: quando eu aplicar o teste, será uma surpresa!”.
Depois da aula, dois alunos, Beto e Patrícia, discutem a má notícia. Beto está muito preocupado, pois não tem boa memória: “Eu poderia passar, com certeza” – diz ele – “se soubesse em que dia seria a prova; aí eu poderia decorar tudo na véspera”.
“Não se preocupe, Beto” – diz Patrícia – “Eu acho que o professor só está se divertindo um pouco com a gente. Olha, eu acho que não poderá haver teste nenhum!”.
E ela explica que não poderá haver teste no último dia do período, pois a turma saberia que tinha que ser naquele dia, então não seria surpresa.
“Grande coisa” – diz Beto, com sarcasmo – “Então será qualquer dia entre hoje e o penúltimo dia do período?”
Patrícia explica, com paciência: “Também não pode ser no penúltimo dia, pois se não puder ser no último dia, e já for a véspera do penúltimo, todos nós saberíamos que tinha que acontecer no dia seguinte, e também não seria surpresa!”
Agora Beto entendeu. “Nem no antepenúltimo dia, nem no anteantepenúltimo... nem de fato em dia nenhum! Ah... que brincadeira... o professor quer nos ver preocupados, e agora ele não pode aplicar o teste sem abrir mão da surpresa. Velho ridículo!”.
Eles não contam nada para os outros, que gastam horas e horas para decorar a matéria do semestre, e com isso, Beto e Patrícia se divertem muito.
Depois, num belo dia, exatamente uma semana depois do anúncio original, o professor chega e anuncia o teste.
“O senhor não pode fazer isso!”, diz Beto.
“Por que não?”, responde o professor, surpreso, mas não muito.
“Porque devia ser uma surpresa – o senhor só pode aplicar o teste quando a gente não estiver esperando!”.
“Pois é Beto, você não está esperando, e de fato vou fazer o teste agora!”, diz o professor, com aquele jeito peculiar de professor.
Houve um erro no raciocínio de Beto ou será que o professor foi falso?
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