Arqueólogos profissionais sempre tiveram embates intelectuais com pesquisadores amadores a respeito da forma correta de interpretar artef...
Arqueólogos profissionais sempre tiveram embates intelectuais com pesquisadores amadores a respeito da forma correta de interpretar artefatos e monumentos. Existe uma espécie de “cartilha acadêmica”, e tudo aquilo que não se encaixa nesta forma fechada de pensar é desmoralizado pelos cientistas. Um dos maiores debates entre amadores e profissionais na área de arqueologia no Brasil se refere a estranhas formações no meio da inóspita selva amazônica, descobertas nos anos 70. Seriam formações naturais, ou pirâmides construídas pelo homem?
Pirâmides são símbolos da engenharia avançada de povos da Antiguidade, uma marca de sua capacidade frente a outros povos. Monumentos gigantescos construídos com finalidades astronômicas, funerárias, ou outras mais controversas mostram o grau de desenvolvimento de determinada cultura, e antropólogos e arqueólogos jamais encontraram relatos ou provas materiais destas construções no Brasil. Mas um grupo de pesquisadores autônomos pensa diferente.
No começo dos anos 70, dois destes pesquisadores, o arqueólogo amador Roldão Pires Brandão e o etnólogo José Alair da Costa Pires afirmaram ter descoberto durante um sobrevoo na selva amazônica, três pirâmides cobertas pela vegetação, que muitos procuravam durante séculos no Brasil. Pelos seus cálculos, a maior delas tinha cerca de 200 metros – maior, portanto, que a Pirâmide de Quéops, no Egito, que tem 146m – e arestas bem definidas, com quatro faces convincentes.
A Revista Veja, em reportagem de 1º de agosto de 1979, enviou as fotos para o geógrafo Aziz Nabib Ab’Saber, diretor do Instituto de Geografia da USP e apontado como o maior entendido no assunto no Brasil. Logo de cara, o especialista descartou a hipótese de se tratar de um monumento arqueológico, afirmando que seriam meras formações naturais.
A região, no alto do Rio Negro, é de difícil acesso, isolada no que resta de mata virgem da floresta e as únicas fotos que temos são tiradas do alto, de aeronaves. Por enquanto fica o mistério. Veja as fotos, publicadas pela revista, e dê a sua opinião.
Fontes:
http://blog.cybershark.net/miguel/2010/02/16/a-busca-aqueologica-das-piramides-da-amazonia/