Pouco conhecidas, as ruínas do Grande Zimbabwe despertam fascínio e mistério no meio da savana africana. "Entre as minas de ouro d...
Pouco conhecidas, as ruínas do Grande Zimbabwe despertam fascínio e mistério no meio da savana africana.
há umafortaleza construída a base de pedras deum enorme tamanho, e
parece não ter argamasaas unindo... Este edifício está quase rodeado
por colinas, sobre as que há outros parecidos,com o mesmo tipo de pedra
e sem argamasa, e um deles é uma torre mais alta de 12 brazas. Os
nativos do país chamam a estes edifícios Symbaoe, o que de acordo com
seu idioma significa "palácio".
Quando imaginamos uma grande civilização urbana na África remota, pensamos logo no Antigo Egito. Ou talvez nas cidades islâmicas do norte do continente, que floresceram mais tarde. Entretanto, abaixo do Sahel, em tempos antigos existiram várias civilizações urbanas, onde costumamos achar que apenas tribos e aldeias esparsas poderiam ter existido.
Alvo de uma visão preconceituosa desde que os primeiros europeus passaram a visitar o continente, a África negra foi capaz de erigir civilizações tão ou mais complexas que a própria europeia em determinado período histórico. De acordo com o historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva, a costa africana voltada para o oceano Índico estava repleta de "cidades fervilhantes de comerciantes e artesãos", que praticavam intenso comércio com a Arábia, Golfo Pérsico, Índia e Sudeste Asiático, enquanto na Europa ainda vivia a sociedade de relações predominantemente feudo-vassálicas.
Na costa ocidental, desde a Antiguidade centenas de cidades ocupavam grandes extensões territoriais. Entretanto, em muitos destes sítios arqueológicos o trabalho de reconstituição das cidades fica prejudicado, devido ao material perecível empregado pelos construtores: argila e palha de coqueiro para construir as casas.
Mas chama a atenção a civilização que floresceu perto do ano 1000 E.C., no sul do continente africano, que deixou incríveis construções de pedra, de fazer inveja a qualquer outra civilização do mundo antigo. Hoje são conhecidas como As Ruínas do Grande Zimbabwe ("Casas de Pedra", na língua shona).
As ruínas são os restos de uma antiga civilização, obra, acredita-se, do povo bantu, que migrou para a região onde vivia o povo shona no século IX e desenvolveu o Império Monomotapa (ou Mwenemetapa) nos séculos seguintes, embora haja bastante especulação sobre os verdadeiros construtores dos monumentos.
As ruínas hoje são um grande sítio arqueológico e santuário do atual Zimbabwe. O "Pássaro de Zimbabwe", encontrado na região, é o símbolo do país e retratado inclusive na bandeira nacional: