Reflexões sobre a busca da verdade, numa sociedade cada vez mais incapaz de refletir sobre si mesma.
Reflexões sobre a busca da verdade, numa sociedade cada vez mais incapaz de refletir sobre si mesma.
Divergências quanto à existência, ou não, da verdade, e à interpretação do seu caráter, são anteriores até à própria Filosofia. Isso, porque a intenção daqueles que a buscavam – e buscam – era a mesma: dar sentido à vida.
Foi entre crenças em verdades absolutas e entre inúmeras verdades relativas, que nasceu a Filosofia. Na Antiguidade Clássica, as sociedades escravistas sustentaram o ócio motivador das atividades reflexivas dos filósofos. A quem a rotina maçante não dava tempo para dúvidas existenciais, restava o trabalho como razão de viver.
Algo semelhante acontece na modernidade. Com a Revolução Industrial, o dia a dia dos operários nas fábricas era cansativo demais para acorda-los da vida irrefletida – e explorada – que levavam. Hoje, até mesmo pensar parece perda de tempo.
Mais que o sentido da vida, busca-se a vida dos sentidos. A importância da reflexão existencial é ofuscada pela sociedade das luzes, da velocidade, do entretenimento, do consumo. Esquece-se de que a procura pela verdade consiste, principalmente, na procura de si mesmo, seus propósitos e seu lugar no mundo. Nossas escolhas são melhor norteadas quando encontramos uma razão para tal.
Obter respostas nem sempre é o objetivo, nem é a única forma de oferecer significado à existência. A partir de uma questão é possÃvel responder a outras perguntas.Também é verdade que novas questões podem ser resultado dessa procura. Mas, não raro, a própria busca é o motor vital. E é nesse ponto que perseguir a verdade assemelha-se à procura pela perfeição: talvez jamais se chegue lá, mas a melhora é progressiva.
Divergências quanto à existência, ou não, da verdade, e à interpretação do seu caráter, são anteriores até à própria Filosofia. Isso, porque a intenção daqueles que a buscavam – e buscam – era a mesma: dar sentido à vida.
Foi entre crenças em verdades absolutas e entre inúmeras verdades relativas, que nasceu a Filosofia. Na Antiguidade Clássica, as sociedades escravistas sustentaram o ócio motivador das atividades reflexivas dos filósofos. A quem a rotina maçante não dava tempo para dúvidas existenciais, restava o trabalho como razão de viver.
Algo semelhante acontece na modernidade. Com a Revolução Industrial, o dia a dia dos operários nas fábricas era cansativo demais para acorda-los da vida irrefletida – e explorada – que levavam. Hoje, até mesmo pensar parece perda de tempo.
Mais que o sentido da vida, busca-se a vida dos sentidos. A importância da reflexão existencial é ofuscada pela sociedade das luzes, da velocidade, do entretenimento, do consumo. Esquece-se de que a procura pela verdade consiste, principalmente, na procura de si mesmo, seus propósitos e seu lugar no mundo. Nossas escolhas são melhor norteadas quando encontramos uma razão para tal.
Obter respostas nem sempre é o objetivo, nem é a única forma de oferecer significado à existência. A partir de uma questão é possÃvel responder a outras perguntas.Também é verdade que novas questões podem ser resultado dessa procura. Mas, não raro, a própria busca é o motor vital. E é nesse ponto que perseguir a verdade assemelha-se à procura pela perfeição: talvez jamais se chegue lá, mas a melhora é progressiva.