Primeira das histórias fascinantes e inexplicáveis contadas por Charles Berlitz, retirada do livro " O Estranho e Extraordinário "...
Primeira das histórias fascinantes e inexplicáveis contadas por Charles Berlitz, retirada do livro "O Estranho e Extraordinário", um dos melhores livros do gênero.
Inaugurando a série que vez ou outra irá aparecer por aqui, de fenômenos misteriosos e curiosos, nada melhor do que começar contando uma intrigante história que vem da Antiga Índia, já que estamos no Rama na Vimana, narrada no maravilhoso livro de Charles Berlitz, O Estranho e o Extraordinário. Vamos a ela:
Por Charles Berlitz
Durante o início da Primeira Guerra Mundial, oficiais nativos do Exército Britânico da Índia sempre disseram aos companheiros ingleses que muitas das armas chamadas de modernas já eram conhecidas e usadas na Índia antiga. Esse assunto sempre foi encarado pelos ingleses com certa tolerância divertida, baseados na certeza inabalável de que era impossível.
Apesar disso, algumas narrativas do mesmo tipo apareciam em relatos históricos de autores fora da Índia. Alexandre, o Grande, sofreu um raro revés numa guerra contra Pórus, um rajá indiano, que segundo os historiadores gregos usava bombas explosivas lançadas por tropas de artilharia. Os gregos (e em particular suas montarias) foram consideravelmente afetados por esse fenômeno, que ocorreu mais de 2.200 anos antes que os explosivos de combate "oficialmente" inventados.
Livros antigos hindus, como o Mahabharata e o Ramayana, ambos com milhares de anos de idade, incluem descrições detalhadas de aeronaves movidas a mercúrio, projéteis que espalhavam veneno sobre as fileiras inimigas e foguetes explosivos que seguiam os alvos humanos (como os mísseis inteligentes do hoje), mesmo que fosse "através dos três mundos". Além do mais, uma superbomba foi utilizada para varrer os exércitos inimigos. Era chamada de "Raio de Ferro", e foi descrita de forma impressionantemente parecida com Little Boy, a primeira bomba atômica usada em combates modernos. A "Raio de Ferro", quando explodiu, causou a formação de grandes nuvens, comparadas a gigantescos girassóis brotando no céu, o que parece bem semelhante ao cogumelo atômico atual.
O Mahabharata, sem tradução para o inglês até a metade do séc. XIX, foi por muito tempo considerado pelos leitores ocidentais como nada mais que um belo trabalho religioso e literário. Porém, em 1945, em White Sands, Novo México, o Mahabharata foi citado por um cientista famoso.
Quando a primeira explosão atômica teve lugar, no momento exato em que o cogumelo atômico se elevara, Robert Oppenheimer usou um trecho do Mahabharata para expressar o que sentia:
"...Se a radiação de mil sóis
fosse irromper de uma só vez nos céus,
Isso seria como o esplendor do Poderoso...
Eu me tornei a morte - o destruidor de mundos..."
O Mausala Parva, uma parte do Mahabharata, tem mais a dizer sobre os peculiares efeitos da "Raio de Ferro", surpreendentemente parecidos com os de uma bomba atômica:
"...foi um simples projétil carregado,
com todo o poder do Universo.
Uma coluna incandescente de fumaça e fogo,
tão brilhante como dez mil sóis,
elevou-se em todo o seu esplendor...
...era uma arma desconhecida, um raio de ferro,
um gigantesco mensageiro da morte
que reduziu a cinzas a raça inteira
dos Vrishinis e dos Andhakas.
...os cadáveres estavam queimados
a ponto de ficarem irreconhecíveis
os cabelos e unhas caíram
utensílios de cerâmica quebraram sem motivo aparente
e os pássaros tornaram-se brancos.
Teriam sido esses estranhos paralelos à nossa terrível experiência apenas um exemplo de ficção-científica da Antiguidade, ou relatos de eventos reais que destruíram uma civilização inteira milhares de anos atrás?