A Alquimia foi praticada desde tempos muito remotos em lugares como a Mesopotâmia, o Antigo Egito, China e outras civilizações antigas. É p...
A Alquimia foi praticada desde tempos muito remotos em lugares como a Mesopotâmia, o Antigo Egito, China e outras civilizações antigas. É provável que muitos dos conhecimentos antigos sobre diversas áreas do saber tivessem sua raiz na prática alquÃmica. Porém, certamente, com o advento da Igreja Católica no Ocidente, muitos destes conhecimentos, que provavelmente resultaram em feitos extraordinários, se perderam para sempre. Ou quem sabe ainda estejam preservados em algum cÃrculo secreto de iniciados?
Depois de um enorme perÃodo de estagnação cultural, a Europa, a partir do século XIII, se recuperou e passou a contar com vários centros de ciência e de debates filosóficos. As Universidades nasceram nessa época, e as ordens religiosas, onde se encontravam a maioria dos letrados da época, deram o inÃcio no resgate dos antigos estudos alquÃmicos.
Várias áreas eram de interesse dos alquimistas, que combinavam estudos e experiências em quÃmica, astrologia, filosofia e magia, para alcançar alguns objetivos especÃficos, entre os quais a “cura do metal”. Roger Bacon (1214-1292) dizia que os metais que não tivessem o balanço perfeito deveriam ser tratados com remédios adequados para que obtivessem o equilÃbrio e a perfeição do ouro. E deu como exemplo o chumbo: “o chumbo é uma espécie de prata invadida pela doença mineral da humorosidade, maleabilidade, negrume e peso; quando estes forem postos à parte, teremos de novo a prata verdadeira”.
Dessa necessidade de se curar o metal, criou-se a ideia de curar a vida humana através da busca de um elixir. O Elixir da Vida Longa foi uma das maiores preocupações dos alquimistas medievais.
Mas sempre que falamos de Alquimia, surgem indagações intrigantes: será que os alquimistas alguma vez conseguiram realmente realizar transmutações, como criar ouro? Se elas ocorreram, por que não chegaram até a nós?
Hoje em dia a Alquimia é assunto de textos mÃsticos, sites da Nova Era e esoterismos baratos, o que a torna repleta de descrédito e afasta os verdadeiros pesquisadores profissionais. Mas pelo menos um deles resolveu tratar do assunto de forma séria em seu livro A ciência através dos tempos. Neste trabalho, o doutor em Educação pela UFRGS e professor de QuÃmica Attico Chassot, (imagem ao lado) traz alguns fatos interessantes sobre a Alquimia e sobre antigos conhecimentos perdidos. Vamos ver alguns destes casos na segunda parte deste artigo.