Um mineiro condenado à morte no final do sec. XIX nos EUA deixa uma marca na parede, sÃmbolo do erro da Justiça, como prova eterna de sua ...
Um mineiro condenado à morte no final do sec. XIX nos EUA deixa uma marca na parede, sÃmbolo do erro da Justiça, como prova eterna de sua inocência.
Para enfrentar os proprietários das minas, formou-se a sociedade secreta chamada Mollie Maguires. Essa sociedade organizou as primeiras greves contra as companhias de mineração dos EUA. Mas a resistência dela foi mais além: seus integrantes incitaram tumultos e mataram cerca de 150 pessoas.
Os donos das minas contrataram os serviços da Agência de Detetives Pinkerton, que colocou o agente James McParlen disfarçado entre os membros da Mollie Maguires. Mais tarde o testemunho de McParlen enviaria doze participantes da sociedade secreta para a forca. Em 1877, o "Yellow Jack" Donohue foi condenado por haver matado um contra-mestre da Lehigh Coal and Navigation Company. Três outros homens foram sentenciados à morte pelo assassinato de outro supervisor de uma mina. Dois desses homens enfrentaram estoicamente a morte. Contudo, um deles - Alexander Campbell - jurou estar inocente.
Quando o arrastavam da cela número 17, Campbell esfregou a mão esquerda na poeira do chão e pressionou a palma contra a parede:
- Esta impressão palmar permanecerá aqui para sempre, como prova de minha inocência - gritou o condenado.
Campbell repetiu o juramento de inocência por várias vezes, enquanto ia sendo arrastado à força para o patÃbulo, onde, após a abertura do alçapão, ele ainda demorou 14 minutos para morrer por enforcamento. Campbell se foi, porém a sua impressão palmar ficou, exatamente como prometera.
Em 1930, quando Robert L. Bowman foi eleito xerife de Carbon Country, prometeu retirar a impressão, que já estava sendo considerada como prova de um terrÃvel erro judiciário na história do municÃpio. Em dezembro de 1931, uma equipe de trabalho entrou na cela número 17 e retirou da parede o pedaço de reboco onde estava a impressão palmar, substituindo-o por um reboco novo.
Na manhã seguinte o xerife entrou na cela e ficou horrorizado ao ver o leve contorno da mão, no reboco ainda úmido. à noite, a impressão palmar negra era perfeitamente visÃvel.
Embora a cela agora seja mantida trancada, sendo aberta apenas para algum visitante ocasional, a impressão palmar continua lá até hoje.
Em 1978 um pintor de paredes entrou às escondidas na cela e tentou pintar aquele pedaço do reboço, mas a impressão reapareceu, minutos depois, na tinta fresca.
BERLITZ, Charles. O Livro dos Fenômenos Estranhos.
Nos vinte anos entre 1860 e 1880, os EUA foram abalados por violentos conflitos trabalhistas. As condições de trabalho nas minas de carvão na Pensilvânia eram terrÃveis - um operário recebia em média, 50 centavos de dólar por um longo e perigoso dia de labuta em baixo da terra - e os mineiros, a maioria imigrantes irlandeses, viviam em frequente disputa com seus chefes, muitos dos quais descendentes de ingleses e galeses.
Para enfrentar os proprietários das minas, formou-se a sociedade secreta chamada Mollie Maguires. Essa sociedade organizou as primeiras greves contra as companhias de mineração dos EUA. Mas a resistência dela foi mais além: seus integrantes incitaram tumultos e mataram cerca de 150 pessoas.
Os donos das minas contrataram os serviços da Agência de Detetives Pinkerton, que colocou o agente James McParlen disfarçado entre os membros da Mollie Maguires. Mais tarde o testemunho de McParlen enviaria doze participantes da sociedade secreta para a forca. Em 1877, o "Yellow Jack" Donohue foi condenado por haver matado um contra-mestre da Lehigh Coal and Navigation Company. Três outros homens foram sentenciados à morte pelo assassinato de outro supervisor de uma mina. Dois desses homens enfrentaram estoicamente a morte. Contudo, um deles - Alexander Campbell - jurou estar inocente.
Alexander Campbell
Quando o arrastavam da cela número 17, Campbell esfregou a mão esquerda na poeira do chão e pressionou a palma contra a parede:
- Esta impressão palmar permanecerá aqui para sempre, como prova de minha inocência - gritou o condenado.
Campbell repetiu o juramento de inocência por várias vezes, enquanto ia sendo arrastado à força para o patÃbulo, onde, após a abertura do alçapão, ele ainda demorou 14 minutos para morrer por enforcamento. Campbell se foi, porém a sua impressão palmar ficou, exatamente como prometera.
Em 1930, quando Robert L. Bowman foi eleito xerife de Carbon Country, prometeu retirar a impressão, que já estava sendo considerada como prova de um terrÃvel erro judiciário na história do municÃpio. Em dezembro de 1931, uma equipe de trabalho entrou na cela número 17 e retirou da parede o pedaço de reboco onde estava a impressão palmar, substituindo-o por um reboco novo.
Na manhã seguinte o xerife entrou na cela e ficou horrorizado ao ver o leve contorno da mão, no reboco ainda úmido. à noite, a impressão palmar negra era perfeitamente visÃvel.
Embora a cela agora seja mantida trancada, sendo aberta apenas para algum visitante ocasional, a impressão palmar continua lá até hoje.
Em 1978 um pintor de paredes entrou às escondidas na cela e tentou pintar aquele pedaço do reboço, mas a impressão reapareceu, minutos depois, na tinta fresca.
BERLITZ, Charles. O Livro dos Fenômenos Estranhos.