Muitas vezes estamos acostumados a conhecer e nos admirar com a arte dos povos antigos de outras regiões do mundo, enquanto desconhecemos no...
Bahia, Amapá, Acre, Amazônia, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, hoje vamos apresentar alguns dos sítios arqueológicos de Santa Catarina.
Muitas vezes estamos acostumados a conhecer e nos admirar com a arte dos povos antigos de outras regiões do mundo, enquanto desconhecemos nossos próprios sítios arqueológicos espalhados por todos os cantos do Brasil. Nesse ponto, o Rama na Vimana procura apresentar aos leitores as diversas façanhas de povos que viveram em nosso território milhares de anos atrás, contribuindo para o conhecimento, a divulgação e, por que não, para a preservação dessas relíquias arqueológicas. Depois de
A arte rupestre no litoral
As gravuras rupestres no litoral do Estado de Santa Catarina apresentam antigas formas geométricas e humanas esquemáticas produzidas há mais de 4 mil anos e conhecidas desde o século XIX. Algumas dessas inscrições encontram-se na Ilha de Porto Belo, Santinho I, Armação do Sul (sítio extinto) e foram primeiramente estudadas pelo padre João Alfredo Rohr.
A importância desses achados é devida a sua excepcionalidade: são as únicas inscrições rupestres encontradas no litoral brasileiro até agora. A técnica utilizada predominantemente é a do polimento, mas não se sabe exatamente que povo criou as inscrições.
Praia do Santinho, Florianópolis, SC
Praia do Santinho
Ilha do Campeche, Florianópolis, SC
As gravuras no Planalto Serrano
No planalto catarinense, as representações rupestres encontram-se em grutas, em abrigo sob as rochas e ao ar livre. A técnica é a do picoteamento com vestígios de pigmentação preta. A autoria de tais obras também é um mistério a ser desvendado.
Sítio Morro do Avencal I, Urubici, SC
Embora algumas iniciativas tenham sido adotadas, a região de Santa Catarina poderia ser melhor preservada para os estudos arqueológicos mais apurados, tendo em vista que muito ainda precisa ser desvendado a respeito das inscrições, ao mesmo tempo em que o incentivo ao turismo cultural monitorado poderia ser benéfico para a preservação e para economia da região. O IPHAN tombou algumas destas regiões, enquanto alguns hotéis oferecem visitas, mas ainda é pouco para a riqueza arqueológica da região. O Brasil possui tesouros culturais ainda não muito bem explorados e conhecidos pela grande maioria da sua população.
Fotos: Fernanda Comerlato
Fonte: REVISTA OHUN – Revista eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFBA. Ano 2, nº 2, outubro 2005